Alanis Morissette quer tirar dias de folga no Rio e em Manaus na sua turnê pelo Brasil

25/01/2009 14:10

 

Apesar de contar apenas 34 anos, Alanis Morissette é uma veterana em diversos aspectos: no showbiz, já que, entre televisão, música e cinema, está no ramo desde os 12, quando fez parte do elenco do programa infantil de TV "You can't do that on television"; no seleto universo dos grande vendedores de discos, já que, logo na estréia internacional, com "Jagged little pill", de 1995, 30 milhões de pessoas ao redor do mundo se identificaram com o rock confessional da cantora e compraram seu CD; Alanis também é uma antiga frequentadora do Brasil, país que a recebe desde 1996, exatamente na turnê mundial que ajudou o disco a ser um sucesso tão estrondoso.

- Estive aí pela última vez em 2002 ou 2003, não foi? - pergunta, por telefone, de sua casa em Los Angeles. - Foi em 2003? Até participei de uma novela ("Celebridade"), não foi? Foi divertido.

 

Foto divulgação


Alanis volta ao Brasil este mês, para sua maior turnê pelo país até hoje, que começa dia 21, em Manaus, e passa por 11 cidades até 5 de fevereiro. O Rio a verá no dia 4, na Arena, em Jacarepaguá (ingressos já estão à venda; confira o serviço) . Além do Brasil, ela faz um show em Buenos Aires e três no México.

- Estava querendo muito voltar ao Brasil - diz ela. - Disse ao meu empresário e à empresa que marca meus shows que queria ir fundo na América Latina. Agora não posso reclamar, tenho que encarar.

Cantora quer dias de folga no Rio

Alanis diz que suas lembranças do Brasil são as melhores possíveis.

- Não consigo me lembrar de um dia que passei aí em que o tempo não estivesse bonito, com sol - conta. - E as pessoas são muito bonitas, esteticamente, além de muito apaixonadas por música. Adorei passear e ver o povo. Quero ver se tiro dias de folga no Rio e em Manaus, para conhecer um pouco da floresta.

Alanis passou o ano de 2008 na estrada, promovendo seu disco mais recente, "Flavors of entanglement" (WEA).

O nome complicado do disco (em português, seria algo como "Sabores do envolvimento"; "entanglement", literalmente, significa "embaraço", no sentido de cabelos ou fios que se embaraçam, unem-se) é apenas mais um em uma carreira que traz títulos como "Supposed former infatuation junkie" e músicas cheias de palavras, muitas delas difíceis de se ver em letras de rock.

- Meus pais são, os dois, professores - conta Alanis, rindo. - Meu pai, principalmente, sempre me cobrou muito que conhecesse as palavras e soubesse escrevê-las direito. Sou fascinada pelo idioma inglês. As pessoas que viajam comigo estão felizes da vida porque comprei um daqueles e-books em que cabem cem ou 200 livros, e não vou mais viajar com 50 deles na bagagem em cada turnê.

Além do vocabulário, as músicas da cantora canadense são marcadas pela angústia, às vezes pela melancolia, o que não se esperaria de uma mulher sempre sorridente e bem-humorada como Alanis.

- São duas faces minhas - define ela. - Na hora de compor, não sou a piadista que sou no meu cotidiano. Acho que não saberia compor músicas bem-humoradas que não fossem bobas. Acabo usando os sentimentos que me incomodam, às vezes contando casos da minha própria vida pessoal.

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